Conheça
a RoboEarth (http://www.roboearth.org), uma rede mundial destinada a troca de informações
entre robôs. Com uma proposta audaciosa, baseada na troca de informações por máquinas,
os criadores da rede assumem outra máxima dos nossos tempos, a de que a
“experiência é o melhor professor”.
Você
deve estar balbuciando que nada disto passa de mais uma utopia, sinopse de uma
nova série do Exterminador do Futuro ou enredo de uma obra literária cyberpunk,
mas não. Com dados armazenados em nuvem
e em linguagem especialmente destinada às máquinas, a rede mantém dados
compartilhados por máquinas e humanos. A proposta da RoboEarth engloba mapas de navegação, rotinas de tarefas,
reconhecimento de modelos, softwares de componentes em suas versões mais recentes,
entre outras atribuições destinadas ao público robótico.
O
engine de armazenamento em nuvens da RoboEarth, graciosamente apelidado de
Rapyuta (nome originado do longa O Castelo no Céu do mestre da animação
japonesa Hayao Miyazaki), é uma plataforma open source com a promessa de
facilitar a compreensão que as máquinas tem
do nosso mundo. E esqueça a futurologia, pois Rapyuta já está no ar,
tecnologicamente falando, operando em plataforma Apache (http://api.roboearth.org).
Outra
expectativa é de que a rede seja responsável pela diminuição dos custos no
desenvolvimento dos robôs, facilitando o acesso de dados, sejam estes
fornecidos por máquinas em atividade, como aqueles novos, desenvolvidos por
cérebros humanos.
Em
um momento em que as discussões a respeito do compartilhamento da informação
estão cada dia mais em evidência, nas suas diferentes manifestações
ideológicas, é a vez dos seres robóticos entrarem na jogada. O primeiro passo
da iniciativa RoboEarth foi dado, nos mantendo longe de fotos de robôs tiradas
no espelho, mas em aproximação definitiva da ficção científica clássica, na
qual robôs farão cada vez mais parte do nosso cotidiano. E não preciso de dotes
psíquicos para afirmar isto a ninguém.