20090728

Platyhelminthes.

Pelo barranco úmido descia ele. Não era bonito, não era forte, não era inteligente, mas podia muito bem se adaptar as condições impostas sadicamente por Gaia. Era chato, um platelminto qualquer. Se era vesgo como as simpáticas planárias dos livros de colégio, eu não sei. Mas simples, simples como é e continuará sendo, o nobre verme roubou-nos longos minutos de apreciação, descendo harmoniosamente um barranco senil qualquer, numa tarde qualquer de um dia qualquer, como fosse um deus dançando nas encostas jovens do Everest.

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